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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Turismólogo... um Agente Estratégico!

Tratando o turismo como fenômeno, e ao considerar os impactos trazidos diante de seu desenvolvimento, concebe-se que estes podem e devem ser minimizados a partir da atuação de um profissional com conhecimento e capacidade de colaborar para o desenvolvimento de uma atividade turística que maximize pontos fortes, com uma ação positiva.

Levando esta idéia para a realidade tendo em mente os equipamentos turísticos – como os meios de hospedagem - e considerando que estes muitas vezes mostram, juntamente com um conjunto de fatores, como o turismo esta instalado em uma localidade, como o turista é visto, se é valorizado, como ele é recebido, que tipos de serviços são colocados a sua disposição, se promessas são efetuadas, desde o momento da reserva, na realização do check in, até o check out... ou seja, como o turismo ocorre de fato, pode-se, assim, perceber a importância do profissional de turismo na hotelaria, uma vez que, este setor faz parte do tripé que sustenta a atividade turística e nós, turismólogos, devemos ser/estar preparados para tal função.

Para provar a relevância do profissional de turismo na hotelaria, nós, desbravadores, utilizamos o artigo “A prática de overbooking como estratégia para a gestão de demanda por hospedagem” de Gerson Luis Russo Moyés e Roberto Giro Moori. Cujo objetivo é mostrar como o overbooking pode servir de estratégia gerencial em empreendimentos hoteleiros, para tanto, os autores aplicaram um modelo proposto por Fitzsimmons (2002) à realidade de um hotel localizado no interior do estado de São Paulo.

O overbooking é uma prática realizada não apenas pelos empreendimentos hoteleiros como, também, por companhias aéreas como forma de reduzir os impactos da incerteza de demanda. Consiste em vender um número acima da sua capacidade, ou seja, no caso de um hotel, o overbooking ocorre quando se vende um número de Unidades Habitacionais maior do que a capacidade real do hotel. Esta estratégia deve ser utilizada analisando-se a probabilidade de no-show (a não concretização da reserva) e deve ser proporcional a esta probabilidade.

Cabe ao profissional responsável pela utilização do overbooking como estratégia gerencial saber da relação custo e beneficio que esta prática carrega consigo. Para Moyés e Moori uma boa estratégia de overbooking deve estabelecer o equilíbrio entre o custo de um quarto desocupado e o custo de um cliente insatisfeito por ter tido sua reserva atendida. Em outras palavras, a prática de overbooking se torna uma faca de dois gumes, pois, pode solucionar o problema de no-show, mas, caso esse não ocorra, pode manchar de maneira significativa a imagem do hotel.

Considerando fenômenos como estes citados, do overbooking e no-show, que margeiam o dia a dia de um meio de hospedagem, ou seja, de uma das “pernas” que auxiliam e compõem o turismo acaba por reforçar a importante atuação de um profissional cada vez mais completo e que realize um serviço de qualidade, tornando-se não só mais um funcionário, mas sim O funcionário, ou seja, praticamente um agente estratégico, e o turismólogo com as suas capacidades e potencialidades pode se configurar assim.

5 comentários:

Anônimo disse...

O turismólogo deve ser um profissional completo que se utiliza de diversas estratégias pra um melhor desempenho da atividade turística. Sua presença é fundamental em todos os setores do Turismo, dentre eles o de hospedagem que se faz fundamental para o desenvolvimento do mesmo. Uma das importantes estratégias que o profissional de Turismo pode utilizar é a de overbooking, como foi citado no post, que também é muito utilizada por companhias aéreas e que possui o intuito de minimizar os impactos da incerteza da demanda e aumentar as receitas. Porém, o turismólogo precisa levar em consideração que a utilização dessa prática deve se dar de maneira cuidadosa, pois pode causar prejuízos para o meio de hospedagem a longo prazo, como o comprometimento da imagem do estabelecimento, assim como impactar futuros negócios. Por isso, a participação desse profissional se faz importante, juntamente com o profissional de hotelaria, para uma utilização adequada da prática do overbooking.

Mariana Melo

Unknown disse...

A formação de um profissional de qualidade é importante na atuação de toda área, seja na arquitetura, na engenharia e em tantas outras, já que as atividades e o desenvolvimento de determinado setor é impulsionado pela ferramenta pessoas, que se mostram cada vez mais importantes e valorizadas na execução de tarefas, no cotidiano profissional. Com o turismo e o turismólogo não é diferente. Assim como o profissional de hotelaria, inclusive estes podem atuar em conjunto, já que trabalham em prol de um bem maior, o turismo, o turista, da atração à recepção, na tentativa de proporcionar um serviço de qualidade, fazendo com que o turista volte para casa satisfeito. Ao observar tanto o desenrolar da atividade turística como um todo, assim como especificamente em equipamentos que compõem desde o trade turístico até aqueles de apoio, a necessidade de uma qualidade profissional mostra-se cada vez mais. Por isso que fizemos esse post, por perceber a importância disso e por observar o turismólogo como agente estratégico, ou seja, a importância da sua atuação.

Will disse...

Vale salientar que a atuação do turismólogo vai muito alem da prática do overbooking tendo em vista o caráter multifacetado da atividade turística que, obviamente, reflete no profissional da área. É importante, tabme, citar a existência –e importância - de outros profissionais que podem atuar neste setor (hospedagem). A exemplo disso, temos os próprios autores do artigo Gerson Luis Russo Moyés e Roberto Giro Moori que são formados, respectivamente, em engenharia e administração de empresas. Isso reforça ainda mais o caráter multidisciplinar do turismo enquanto fenômeno social, cultural e econômico.

Renata disse...

Como citado é importante o papel do turismólogo nas análises para a realização do overbooking, pois assim pode-se ter uma melhor noção de como e quando aplicá-lo e fazer com que o turista/cliente tenha a imagem positiva do negócio ao qual está lhe prestando o serviço. Sabe-se muito bem que estes clientes têm direitos e que podem fazer vale-los e se essa prática (do overbooking) não ocorrer de maneira adequada pode acabar virando um transtorno para ambas as partes.

Mari Falcão disse...

É isso mesmo. Não aco que o overbooking deve ser completamente abolido, só acho que deve se pensar em prcedimentos coerentes para quando ele ocorrer, respeitar o hóspede, levá-lo até o hotel que ele ficará, explicar a situação, pedir desculpas, colocá-lo no hotel com serviços melhores e oferecer algo em troca, pode ser bem visto pelo hóspede que adorará a estadia num hotel superior, mas em compensação não esquecerá do ótimo tratamento que teve e o respeito que lhe foi dado no hotel que fez a reserva, isso contribui tb para a satisfação do hóspde, ou seja, não abonaremos totalmente a prática de overbooking, eventualmente ela será necessária, mas nos estruturemos para, quando ela acontecer, fazê-la oferecendo ainda mais satisfação ao cliente.

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